quarta-feira, 17 de junho de 2015

Pontos de LUZ

Idéias sempre surgem quando pensamos em compor a casa criando uma estética agradável. Apostamos preferencialmente em móveis e objetos sem nos darmos conta de que a luz empresta sensações de aconchego e conforto aos ambientes, deixando-os mais marcantes e cheios de personalidade. Entre todas as alternativas do mercado, não nos esqueçamos das velas que, com sua sutileza, são simples e modernas nesses tempos de redução do consumo de energia elétrica! Pois é, a gente sabe, sentimos no bolso...


Viés                    
HISTÓRICO 

Para iluminar, a Idade Média fazia uso de velas. No século 18 foram os lampiões a gás com risco de explosão, intoxicação e incêndio. Em 1789, Thomas Edison aperfeiçoou a investigação sobre a lâmpada incandescente e, para diminuir a sua intensidade, surgiram as luminárias. Ponto alto da época, aquelas feitas por Tiffany em vidro colorido. Na atualidade, os lançamentos têm de aliar tecnologia a praticidade e, ainda design, com economia e sustentabilidade da iluminação em LED [Light Emiting Diode].                                                                                                      

1 Luminária de teto medieval, do século 5 ao 15, em igrejas | 2 Lampiões a gás na Avenida Central, Rio de Janeiro: 1854. Cartões postais do Rio Antigo | 3 Luminária de mesa Art Nouveau. Design de Louis Comfort Tiffany: 1899 | 4 Luminária de piso Arco. Design de Achille Castiglioni para a italiana Fios: 1962.
                                                                                             
 Pegada
SUSTENTÁVEL

A perspectiva de finitude dos recursos naturais coloca desafios urgentes aos governos, iniciativa privada e sociedade civil. Projetos como o da Glass House, que abusam da luz natural, são obrigatórios em arquitetura. No Brasil, não temos ainda um órgão que regulamente tal uso. Entretanto há mecanismos de certificação de eficiência e sustentabilidade que valorizam os empreendimentos. É o caso do edifício multiuso da Bayer e do programa Selo Casa Azul. Em casa, devemos acender as luzes em LED e, na cerâmica, podemos resgatar a prática do forno de papel refazendo a história e o planeta enquanto conferimos um charme especial à atividade.  

1 Glass House [Casa de Vidro], ícone da arquitetura contemporânea que privilegia a iluminação natural, nos EUA. Projeto de Philip Johnson: 1949 | 2 ECB – Eco Commecial Building do Brasil, edifício multiuso da Bayer, em São Paulo: 2013. Certificação LEED [Leadership in Energy and Environmental Design] Platinum. Foto Divulgação architectth.com | 3 Selo Casa Azul. Certificação da Caixa Econômica Federal para adoção de diferenciais de sustentabilidade na construção civil: 2010 | 4 Queima de cerâmica em forno de papel. Oficinas do Convento Montemor-o-Novo, Alentejo, Portugal. Foto Divulgação Ricardo Soares: 2011.

Objeto-Conceito

Se a intenção for iluminar, levar identidade e sair do básico,
que tal colocar duas luminárias diferentes em algum lugar da casa?


Luminária de mesa da Linha Hexie
Conformação em placa 
Massa cerâmica marfim com chamote


REGINA FRANCO Junho 2015