Idéias
sempre surgem quando pensamos em compor a casa criando uma estética agradável.
Apostamos preferencialmente em móveis e objetos sem nos darmos conta de que a luz empresta sensações de aconchego e conforto
aos ambientes, deixando-os mais marcantes e cheios de personalidade. Entre
todas as alternativas do mercado, não nos esqueçamos das velas que, com sua sutileza, são simples e modernas nesses tempos
de redução do consumo de energia elétrica! Pois é, a gente sabe, sentimos no
bolso...
Viés
HISTÓRICO
Para iluminar, a Idade Média
fazia uso de velas. No século 18 foram os lampiões a gás com risco de
explosão, intoxicação e incêndio. Em 1789, Thomas Edison aperfeiçoou a
investigação sobre a lâmpada incandescente e, para diminuir a sua intensidade,
surgiram as luminárias. Ponto alto da época, aquelas feitas por Tiffany em
vidro colorido. Na atualidade, os lançamentos têm de aliar tecnologia a
praticidade e, ainda design, com economia e sustentabilidade da iluminação em
LED [Light Emiting Diode].
1 Luminária de
teto medieval, do século 5 ao 15, em igrejas | 2 Lampiões a gás na Avenida Central, Rio de Janeiro: 1854.
Cartões postais do Rio Antigo | 3 Luminária de mesa Art Nouveau. Design
de Louis Comfort Tiffany: 1899 | 4
Luminária de piso Arco. Design de Achille Castiglioni para a italiana
Fios: 1962.
Pegada
SUSTENTÁVEL
A perspectiva de finitude dos
recursos naturais coloca desafios urgentes aos governos, iniciativa privada e
sociedade civil. Projetos como o da Glass
House, que abusam da luz natural, são obrigatórios em arquitetura. No
Brasil, não temos ainda um órgão que
regulamente tal uso. Entretanto há mecanismos de certificação de eficiência e
sustentabilidade que valorizam os empreendimentos. É o caso do edifício
multiuso da Bayer e do programa Selo Casa Azul. Em casa, devemos acender as
luzes em LED e, na cerâmica, podemos resgatar a
prática do forno de papel refazendo a história e o planeta enquanto conferimos
um charme especial à atividade.
1 Glass House [Casa de Vidro], ícone da arquitetura contemporânea que privilegia a iluminação natural, nos EUA. Projeto de Philip Johnson: 1949 | 2 ECB – Eco Commecial Building do Brasil, edifício multiuso da Bayer, em São Paulo: 2013. Certificação LEED [Leadership in Energy and Environmental Design] Platinum. Foto Divulgação architectth.com | 3 Selo Casa Azul. Certificação da Caixa Econômica Federal para adoção de diferenciais de sustentabilidade na construção civil: 2010 | 4 Queima de cerâmica em forno de papel. Oficinas do Convento Montemor-o-Novo, Alentejo, Portugal. Foto Divulgação Ricardo Soares: 2011.
Objeto-Conceito
Se a intenção for
iluminar, levar identidade e sair do básico,
Luminária de mesa da
Linha Hexie
Conformação em placa
Massa cerâmica marfim
com chamote
REGINA FRANCO Junho 2015