Prática
de atelier não deve somente usar o
tipo de situação de um (supostamente ceramista professor) que orienta outros (supostamente
ceramistas aprendizes) em definição de técnicas para legitimar o bom resultado
na fatura de objetos. É fato que o grupo que frequenta meu atelier está junto no mesmo dia da semana e horário, mas trabalha
em separado na singularidade de seus objetivos cognitivos e emocionais. Para
privilegiar outra experiência, nada melhor que uma mudança de avental. Foi assim que funcionou...
A
cada membro do grupo foi dada uma tendência recorrente no design de interiores. Depois foram
convidados a ilustrar a tendência com recurso visual (pintura, fotografia, desenho,
outros). Sugeri que desenvolvessem 4 objetos por tendência, arriscando uma
linha de produtos. Em seguida, sorteamos a sequência das tendências, uma a uma.
Finalmente, chegou o dia da primeira sessão. Naquele momento, troquei de
avental e papel: a suposta professora como aprendiz e a suposta aprendiz como
professora.
Ao
final do projeto, o grupo avaliou positivamente a estratégia, comentando que a “surpresa”
lhes permitiu observar Regina Franco em atividade.
REGINA FRANCO Setembro 2016